Pesca excessiva põe várias espécies de tubarões em perigo de extinção

Foi realizado um estudo em todos os oceanos do planeta, pelo Grupo Especializado em Tubarões da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais que constatou que 30% das 64 espécies de tubarões e raias de alto mar estão ameaçadas de extinção e que 24% caminham para essa situação.

A principal causa? A pesca excessiva.

Fig.1: Animação que retrata a pesca de tubarão

Infelizmente,estes animais não são pescados só pela sua carne mas também, pelo óleo do seu fígado, pelos seus dentes, pele e, essencialmente, pelas suas barbatanas que são consideradas uma iguaria.

Existem casos sérios de sobrepesca de tubarões em águas internacionais, o que demonstra a necessidade de se adoptarem medidas imediatas à escala global.

Os tubarões são animais altamente vulneráveis à pesca excessiva e desregulada, isto porque, em muitos casos, as espécies demoram muito tempo a atingir a idade adulta não chegando a reproduzir-se, diminuindo também a população jovem. Apesar do ar ameaçador destes animais, os tubarões ficam desprotegidos em alto mar devido às actividades do Homem.

As espécies mais ameaçadas são duas de tubarão-martelo, que, depois de pescadas são-lhes retiradas as barbatanas e deitado o corpo, ainda vivo, para o mar, .

Fig.2 e 3: Exemplares de tubarão-martelo

A ‘sobrepesca’ e o “finning” são duas das maiores ameaças para a população global de tubarões, mas a captura acidental constitui também um enorme problema, uma vez que milhões de tubarões morrem presos nas redes destinadas à captura de peixes de grandes profundidades, como peixe-espada.

No Mar Mediterrâneo, cerca de 100.000 tubarões morrem, anualmente, através da captura acidental.

Fig.4: Tubarão capturado                             Fig.5: Tubarão-frade na lota

Fig.6: Tubarão-baleia na praia

 Portugal no topo da Europa na pesca de tubarões!!!

Portugal ocupa o terceiro lugar, a nível europeu, com os navios portugueses a pescarem um total de 15 360 toneladas de tubarão, por ano.

O Oceanário, a APECE, a ICNB, entre outras instituições portuguesas, têm desenvolvido iniciativas com o objectivo de promover a conservação dos tubarões, pela via da consciencialização social e da educação e, actualmente, já começam a surgir medidas comunitárias que favorecem, especialmente, a redução da frota, mas ainda não são suficientes para garantir a preservação destes animais.

Várias espécies capturadas em Portugal evidenciam sinais de sobreexploração, pois chegam em quantidades cada vez menores às lotas.